sábado, 19 de maio de 2012


O meu pai disse para ir trabalhar para ele,
ser um operário na sua empresa
disse que não, ele disse que ia ser um vagabundo,
coisa que eu sempre fui.

A minha mãe disse para trabalhar ao menos,
ganhar uns trocos e sobreviver
disse que a minha alma só alegrava de musica,
desapontei-a, como sempre fiz a todos.

Quando saia dizia que me portava bem,
mas ia a bares beber e fumar opío,
e ao mesmo tempo mandar uns acordes
e exprimir os meus sentimentos.

Os meus poemas são assinados com lagrimas,
pensamentos duvidosos do mundo
até que me apercebo que o mundo não tem haver,
mas sim as pessoas.

As pessoas capitalistas, com as suas ideias de
ganhar mais para comprar mulheres, casas e carros
querem tudo que não precisam, e do que precisam...
não têm.

E eu, que devo dizer? Pedir desculpa?
Jamais! Talvez os meus versos de um pobre artista
não sejam lidas, pelo menos tenho dignidade e
testiculos para ser sincero, o que já ninguem é.