sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Apocalipse


Almas pecadoras montam monstros da trevas,
Com os seus arcos e flechas flamejantes,
Voam para a terra avisando o Apocalipse
Chorando ácido sulfúrico em nome do demónio.

E assim a destruição começava,
As águas dos rios transformam-se em lava
E contos de fadas fazem chorar crianças
Catástrofes naturais ao mesmo tempo,
Assim criando o verdadeiro castigo do humano.

O sangue a derramar das pessoas a sofrer
Cria-se em vinho para lucifer, e as carnes
Queimadas e mortas fazia a jantarada.
Satanás toma o seu banho com as lágrimas
De senhor Deus, incapaz de fazer algo.

E o mundo acaba em poucos instantes,
As almas pecadoras dos pobres humanos
Fizeram acordar o mal.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Plano dos Lobos


Os lobos estão escondidos nos arbustos,
A estudar o rebanho do pobre aldeão
A ouvirem e a escutarem, todos os passos.
Três da tarde. Iniciar operação,
Disfarçados de ovelhas esforçando
Para auto controlarem-se até a hora da sesta

Com espírito de lucifer e alma de cigano,
A penetrar no coração destes poderosos lobos
A procura de matar a fome e sentirem prestigiosos.
Como será o futuro do inocente pastor?
Talvez estas consequências abriram-lhe
As portas para o céu.

Meia-noite, o plano chega ao seu ponto mais alto,
Os lobos esfomeados e as ovelhas repousadas.
Devoradas com garras e dentes, tão poderoso
Como uma facada a um homem. De barriga cheia,
Os lobos destroem o estábulo. Fazendo com
Que o pastor jamais alcance o seu nível de vida.

Com espírito de lucifer e alma de cigano,
A penetrar no coração destes poderosos lobos
A procura de matar a fome e sentirem prestigiosos.
Como será o futuro do inocente pastor?
Talvez estas consequências abriram-lhe
As portas para o céu.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sentimento de Conseguir


Estive aguardando por um guia que viesse
E mostrasse o caminho para te ver.
Será que sentirei como planeio se
Este plano impossível der certo?

Posso ter chegado perto, pronto para
Tu me dares a mão, peguei o sentido.
Reparo e vejo que é ilusão, ignoro
As surpresas e abandono-me.

De uma cidade feliz que interpretava,
Dum modo louco transforma-se num
Espaço negro. Da vista da minha casa
Vejo tudo a regredir nuns instantes.

Talvez vou-te ver a ti, e tu a mim,
Mas sempre será ilusão.
E sempre será, porque?
Eu tenho o espirito, mas perdi o sentimento.
Sentimento de conseguir.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Venus


Venus, brota a flor do amor da Terra,
sem se aperceber o quão composto iria
ser esta flor, futuro seria uma arvore.
Arvore cheia de raizes destruidas.

Ao nascer desta flor, foi dado bons dias,
um crescimento rapido, um cheiro agradavel.
Em poucos tempos, as secas aparecem e a flor,
agora arvore, começa a destruir.

Oh Deusa Venus, não pediste tanto para nós,
só querias que existisse sentimentos em vez
de sermos robos manipulados pelos Deuses do Olimpo.
De tão pouco que pediste, o humano cada vez arma
mais facanha para que conquiste o amor.

E mesmo assim, o amor continua a ser um ponto forte.

sábado, 4 de agosto de 2012

Nada


Nada é algo obscuro, todos deviam temer.
Um espelho sem reflexo,
um amor sem amizade
talvez vida sem oxigénio?

Fecha os teus olhos, prevê o futuro,
não vês nada. Tenta procurar uma
cor jamais imaginada, não vês nada.

Este "nada" é um ditador, do contra
de um ser vivo. Uma cadeira sem assento,
por mais que tentes nunca sera algo.

O nada é um mundo objectivo que jamais
alguem irá ter contacto com ele.
Este nada é uma ciencia mal estudada, porque?
Porque jamais haverá resposta, talvez quando morremos.

domingo, 8 de julho de 2012

Aldeia Perdida


Quando as luzes estão desligadas
e o sono oscila no corpo dos aldeões,
o velho sábio acorda com os olhos em fogo.

Está na hora, ele dizia,
os lobos estão acordados apos mil anos
com os olhos de morte e barriga vazia,
a braveza pela fome.

No acordar destes animais nervoso,
transforma-se uma atmosfera blindada
sobe do chão algo fresco e poluente.

E derrepente, ao uivo do mestre,
a morte abre portas
esta metamorfose poderosa e imparavel,
faz uma aldeia normal ruinas abandonadas.

Por fim, silencio e mistério.
Aldeia perdida nos cofins da floresta.

sábado, 19 de maio de 2012


O meu pai disse para ir trabalhar para ele,
ser um operário na sua empresa
disse que não, ele disse que ia ser um vagabundo,
coisa que eu sempre fui.

A minha mãe disse para trabalhar ao menos,
ganhar uns trocos e sobreviver
disse que a minha alma só alegrava de musica,
desapontei-a, como sempre fiz a todos.

Quando saia dizia que me portava bem,
mas ia a bares beber e fumar opío,
e ao mesmo tempo mandar uns acordes
e exprimir os meus sentimentos.

Os meus poemas são assinados com lagrimas,
pensamentos duvidosos do mundo
até que me apercebo que o mundo não tem haver,
mas sim as pessoas.

As pessoas capitalistas, com as suas ideias de
ganhar mais para comprar mulheres, casas e carros
querem tudo que não precisam, e do que precisam...
não têm.

E eu, que devo dizer? Pedir desculpa?
Jamais! Talvez os meus versos de um pobre artista
não sejam lidas, pelo menos tenho dignidade e
testiculos para ser sincero, o que já ninguem é.